segunda-feira, 29 de junho de 2009

As festas e as drogas

As épocas festivas andam de mãos dadas com a alegria e com a descontração, mas, infelizmente, também com alguma irresponsabilidade.
Parece-me a mim que a festa já não possui em si só o motivo para os jovens se sentirem bem, porque querem sentir euforia e a essa euforia encontram-na no álcool e nas drogas.
O consumo de drogas surge em qualquer lado, a qualquer altura, mas aqui (Lisboa) as oportunidades para o seu consumo são duplicadas.
Drogas leves ou pesadas, qualquer que sejam os seus malefícios, esses malefícios existem nas duas vertentes, sejam a curto ou a longo prazo. Se nos disseram que determinado trem vai descarrilar, nós não entramos nesse trem, porque entramos então no vício e na adição de uma coisa que também nos mata?
Como jovem que sou, não pretendo ser moralista e nem julgar ninguém, mas parece-me claro que a conclusão, vinda daqueles que nunca usaram drogas e daqueles que já usaram, resulta em unanimidade: as drogas não valem a pena.
De facto há momentos em que sabe bem voar para longe da realidade e ir ao encontro de momentos de terna desopressão, mas temos de descobrir maneiras mais saudáveis de alcançar um mesmo fim. Até porque, mais tarde, havemos sempre de voltar à estaca zero.
A maconha e o craque provocam danos irreversíveis na actividade cerebral, e a adição está intimamente ligada a transtornos pessoais e a mudanças de comportamento que afligem famílias inteiras. A saúde física é muito importante, mas também o é a saúde moral e aí muita gente acaba envolvida, como os nossos pais e irmãos, e é nessa que temos de ter principal atenção nestes casos, porque os efeitos físicos negativos do uso de drogas podem sentir-se só algum tempo depois, mas a nossa integridade pessoal está a ser posta em causa no primeiro segundo em que nelas tocamos.29/06/2009